História da Dor

A história da dor acompanha a história humanidade desde a antiguidade, vem ligada a uma crença de punição e castigo divino como forma de crescimento pessoal e salvação.

Com passar de longos anos as transformações na medicina, na indústria farmacêutica com as medicações analgésicas e anestésicas, nos conhecimentos relacionados à saúde e na qualidade de vida nos apresenta um diferente entendimento e olhar sobre a dor.

A área de atuação em Dor é uma especialidade dentro da Anestesiologia, e tem como objetivo a busca da causa da dor e assim tratá-la de forma conservadora ou com tratamentos intervencionistas.

Hoje a dor seja ela qual for, tanto aguda como a crônica tem tratamento.

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Tipos de Dor

Pessoas com dor oncológica, muitas vezes, percebem que sua dor muda ao longo do dia e que pode ser diferente de um dia para o outro. Manter o controle da dor e seus sintomas e relatá-los ao seu médico ajuda-o a entender o que você está sentindo e identificar seu tipo de dor.

Existem diferentes tipos de dor e nem sempre a dor é devido ao câncer. O tipo da dor determina o tipo de medicamento a ser prescrito ou o tipo de tratamento a ser realizado.

Dor aguda: A dor aguda é intensa e dura um tempo relativamente curto. É mais um sintoma de que o corpo está sendo ferido de alguma forma. Essa dor geralmente desaparece com a cicatrização do ferimento.

Dor crônica ou persistente: A dor crônica ou persistente dura um longo período de tempo. Pode variar de leve a severa. A dor é considerada crônica se durar mais de 3 meses. A dor crônica pode atrapalhar a vida do paciente se não for bem tratada.

Dor disruptiva: A dor disruptiva é um sinalizador de que a dor se apresenta apesar de estar tomando analgésicos regularmente para controlar a dor crônica. Chama-se dor disruptiva porque “rompe” o alívio da dor que se sente com analgésicos. Como regra, aparece de forma rápida, dura até uma hora e a sensação é muito parecida com a dor crônica, exceto que é mais intensa. Pode acontecer várias vezes ao dia, mesmo quando a dor crônica é controlada com medicamentos.

A dor disruptiva geralmente tem a mesma causa que a dor crônica. Pode ser do câncer propriamente dito ou pode estar relacionada ao tratamento da doença. Algumas pessoas têm dor disruptiva ao fazer uma determinada atividade, como andar ou se vestir. Para outros, isso acontece inesperadamente, sem nenhuma causa específica. É importante gerenciar esse tipo de dor, uma vez que a dor disruptiva não é controlada por doses regulares de analgésicos. Geralmente é tratada com uma dose adicional de analgésicos para dor ou um tipo específico de medicamento.

Dor idiopática: Uma dor é chamada de idiopática quando não se pode indicar sua causa. Nesses casos, o médico não encontra provas de que ela foi causada por uma doença ou causa psicológica. Ou seja, sua origem é completamente desconhecida.

Dor psicossomática: A dor psicossomática se apresenta de maneira física, porém sua origem está ligada a questões psicológicas e emocionais. Suas manifestações podem ser puramente funcionais, sem lesão orgânica subjacente. 

Em um sentido mais amplo, são uma das formas como o corpo expressa as emoções e também distúrbios de humor. 

Dor neuropática:

A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e/ou periférico são feridos ou danificados. 

Esse tipo de dor pode ser incapacitante e está presente em 10% da população. Sua intensidade causa diferentes sensações de dor, como queimação, agulhadas, formigamento ou adormecimento e choques. 

Dor nociceptiva: A maioria das dores é do tipo nociceptivo. Elas são o resultado da estimulação dos receptores da dor no caso de lesões no tecido (nociceptores) que estão localizados na pele ou nos órgãos internos. 

Os tipos de lesão que estimulam esses receptores são feridas, contusões, fratura óssea, esmagamento ou queimadura. No geral, esse tipo de dor é intensa, aguda ou latejante. Existem casos também em que ela se apresenta de maneira leve.  

A dor que resulta de uma intervenção cirúrgica também é do tipo nociceptivo. Ela se apresenta de maneira constante ou intermitente e piora quando existem movimentos, mesmo que simples, como tosse, risadas ou respirações profundas. 

Qual a intensidade da dor?

A dor é uma experiência sensorial subjetiva e, portanto, sua intensidade é variável para cada paciente. Logo, deve-se tomar cuidado em definir um diagnóstico ou atribuir gravidade apenas pela intensidade. Dessa forma, é errado deixar de valorizar uma dor pelo motivo de sua fraca intensidade.

A avaliação da intensidade da dor é de fundamental importância para se saber qual o grau de incômodo ao paciente e para se avaliar a eficácia da terapêutica adotada. Para se avaliar uma sensação subjetiva mediante métodos objetivos foram criadas escalas de intensidade de dor.

As escalas mais utilizadas são a numérica, que varia de zero (sem dor) a 10 (máximo de dor); a escala analógica visual, que consiste de uma linha cujos extremos correspondem ao mínimo e máximo de dor possível; a escala de cores; a escala de fácies de dor (muito útil em crianças); e a escala verbal (dor ausente, leve, moderada e intensa).

Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas a história da dor. Se você ainda tem perguntas na sua cabeça, não durma com elas! Escreva para nós no Instagram @clinica.tom!

Dra Lígia Toledo, Médica desde 2010, fromada pela Universidade Camilo Castelo Branco, com residência médica em anestesiologia e terapia da Dor pelo centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Vera Cruz. Mestre pela UNIFESP e pós graduanda em Cuidados Paliativos Centro de Ensino Hospital Israelita Albert Einsten.

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