Dor Pélvica Crônica em Mulheres

A dor pélvica crônica de aspecto ginecológico é um problema muito comum que assombra milhares de mulheres em todo mundo. É mais frequentes em mulheres entre 26 a 30 anos.

Todas as mulheres com dor pélvica devem ser submetidas avaliação criteriosa através da história clínica e ginecológica além de exames complementares tanto laboratorial como de imagem, solicitados pelo seu médico ginecologista de confiança, afim da exclusão de série de diagnósticos diferenciais.

A dor em geral é continua e por mais de 6 meses, bem localizada em região em cavidade pélvica, abdominal inferior, abaixo de cicatriz umbilical com irradiação ou não para região lombar e sacral e ou anal.

As principais causas de dor pélvica de origem ginecológica são:

– Endometriose

– Dor vulvar crônica

– Neuralgia de nervos pudendos

– Dor anorretal

– Dor gastrointestinal

– Doença inflamatória pélvica crônica

– Miomas

– Síndrome da congestão pélvica

– Tumores pélvicos

– Aderências/ Bridas

Dependendo de cada diagnóstico a terapêutica é realizada de forma medicamentosa/hormonal, cirúrgica e ou procedimentos de intervenção em dor quando indicados.

Para uma excelência no tratamento e interpretação do contexto das dores crônicas pélvicas recomenda-se trabalho multidisciplinar com equipe de ginecologista, urologista, médico especialista em terapia da dor, sexólogos, psicólogo, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta especialista em reabilitação de assoalho pélvico.

Dor Pélvica Crônica de origem ginecológica

Relata-se que de 30 a 70% das mulheres submetidas a laparoscopia – a laparoscopia pode ser indicada em casos de cistos muito grandes e malignos, além dos endometriomas, que são cistos de endometriose- que sentem a dor pélvica crônica, tem a endometriose.

Essa dor é relacionada ao período menstrual e pode estar associada a dor nas relações sexuais.

A doença inflamatória pélvica pode ocorrer em 30% das mulheres, após infecções que podem ser secundárias a aderências e acúmulo de líquido dentro das trompas (hidrossalpinge). 

As aderências são secundárias a um processo de cicatrização que pode ser secundária a endometriose, inflamação, cirurgias prévias, infecções e podem alterar o funcionamento do intestino. 

Além disso, as varizes pélvicas também podem dar uma congestão na pelve por conta das dilatações das veias, que podem ser secundárias a anatomia ou das válvulas das veias da paciente. Sendo uma das possíveis causas de dor. 

A adenomiose ocorre quando as células da menstruação invadem a parede do do útero que é constituída de células musculares que pode gerar dor e sangramento. Os miomas uterinos também podem ser causa de dor pélvica. 

A dor pélvica crônica não deve ser subestimada, ela tem tratamento com abordagem em equipe para que essas mulheres retomem suas atividades diárias com qualidade de vida. Caso ainda hajam duvidas, entre em contato conosco pelo Instagram @clinica.tom

Dra Lígia Toledo, Médica desde 2010, formada pela Universidade Camilo Castelo Branco, com residência médica em anestesiologia e terapia da Dor pelo centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Vera Cruz. Mestre pela UNIFESP e pós graduanda em Cuidados Paliativos Centro de Ensino Hospital Israelita Albert Einsten.

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