Avaliação de sintomas em pacientes oncológicos e paliativos

Para um tratamento e acompanhamento adequado de pacientes oncológicos e paliativos o controle de sintomas durante esse período se torna imprescindível na qualidade de vida.

Avaliações sistemáticas e periódicas são necessárias tanto no plano de atendimento domiciliar, como no hospitalar e ou ambulatorial.

Desta forma, foram desenvolvidos escalas e questionários como instrumentos de avaliação desses pacientes.

A escala EVA (Escala Visual Analógica) é o instrumento universal aplicado durante avaliação do nível de dor dos pacientes. É a mais utilizada por ser mais simples, sensível e auto avaliável. Consiste em uma régua ou linha, discriminando números na ordem de 0 a 10, onde o valor 0 é ausência de dor e 10 o máximo de dor. Assim é possível traçar de uma forma eficaz a terapêutica para cada paciente.

Outro instrumento muito utilizado é a ESAS (Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton). Esse instrumento é um questionário onde são avaliados também em uma escala verbal 0 a 10 os seguintes sintomas: dor, cansaço, náusea, depressão, ansiedade, sonolência, apetite, falta de ar, sensação de bem-estar e problemas associados.

Após essas avaliações pode-se buscar alternativas para lançarmos mão de terapias medicamentosa, psicológica, espirituais, atividade física ou fisioterápica e comportamentais afim de amenizar sofrimento e trazer bem-estar aos pacientes.

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O que é cuidado paliativo?

Cuidados paliativos, de acordo com o dicionário, são os cuidados “que têm a qualidade de acalmar, de abrandar temporariamente um mal”. Na medicina, o termo cuidado paliativo também é conhecido com um conjunto de práticas assistenciais oferecidas aos pacientes terminais que têm como objetivo oferecer dignidade e diminuição do sofrimento decorrente da doença grave ou incurável.

Os cuidados paliativos são multidimensionais, ou seja, abrangem as dimensões física, emocional, familiar, social e espiritual. Segundo a Organização Mundial de Saúde, Cuidado Paliativo é a assistência integral oferecida para pacientes e familiares quando diante de uma doença grave que ameace a continuidade da vida.

Quem pode receber os cuidados paliativos e onde é feito o acompanhamento?

Pacientes com doenças cardíacas, oncológicas, pulmonares, neurológicas, AIDS, diabetes, síndromes das mais diversas e outras condições médicas podem se beneficiar desse tratamento, estejam ou não lidando com o fim de suas vidas.

A abordagem dos cuidados paliativos pode ser realizada em casa, no hospital, em uma instituição de longa permanência (hospice) ou em uma unidade de saúde. O local mais indicado é onde o paciente se sentir mais confortável.

Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas sobre a avaliação de sintomas em pacientes oncológicos. Se você ainda tem perguntas na sua cabeça, não durma com elas! Escreva para nós no instagram @clinica.tom!

Dra Lígia Toledo, Médica desde 2010, fromada pela Universidade Camilo Castelo Branco, com residência médica em anestesiologia e terapia da Dor pelo centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Vera Cruz. Mestre pela UNIFESP e pós graduanda em Cuidados Paliativos Centro de Ensino Hospital Israelita Albert Einsten.

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